quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Inovar é preciso, ... diria mais: necessário.

Imagens de oficinas protagonizadas por integrantes da culutra Hip Hop, na Escola Arnaldo Reinhardt, em NH:
Alex e Negro Jerso, em 2007


Grafiteiro Ice, em 2008

Mc Tamborero, em 2008

Will e Tamborero e o Dj Dn' Jay, em 2007



Quem me conhece sabe o quanto detesto mesmice. Estar constantemente incorporando novas experiências, criando novos projetos, repensando o que faço, faz parte de mim. E, bem diz o ditado "nada se faz sozinho". Ao longo da vida tenho sido agraciada com a presença de muitas pessoas que tem sido parceitos nos projetos que desenvolvo, a estas tenho uma profunda gratidão. Enumerar todas, rsrsrs, abusaria mais uma vez, propondo um texto longo. Vou deter-me hoje em mencionar um grupo de meninos sonhadores que fazem parte da minha caminhada por longos anos. Conheci-os em 1996, no Schopping de NH, ainda adolescentes, mas cheios de atitude, participantes da cultura Hip Hop. Numa abordagem de um sábado à tarde ouvi com entusiasmo as falas de Tamborero, Dn'Jay e Mano Cascata. Nesta ocasião fazia o meu trabalho de conclusão que versava sobre "O papel do negro nos meios de comunicação". Na época minha orientadora professora Drª Denise Cogo, sugeriu-me fazer uma abordagem com adolescentes negros e brancos para identificar como era a recepção dos mesmo diante do enfoque da pesquisa. Atualmente, os meninos entrevistados fazem parte do grupo de rap Preconceito Zero. Novos integrantes vieram somar a estes meninos o grafiteiro Ice(2006), e o MC Will(2005), desde 2005 conto com esta turma nos projetos que realizo nas escolas por onde atuei. E, no ano 2007 2 2008 também tivemos a participação dos meninos da Vila Iguaçu: Negro Jeso, Danter e Alex. Esta meninada tem sido muito importante como parceiros na difusão da cultura Hip Hop. Sempre tive a preocupação de que as crianças e os adolescentes incorporem uma cultura desconhecendo sua história, ou seja destituída do seu significado. Para tanto, a presença destes parceiros é fundamental para transmitir este conhecimento, tenho aprendido muito nas oficinas que são ministradas. E, como professora tenho colhido frutos destes trabalhos, sou fã de carteirinha da cultura Hip Hop e, destes meninos. Como diz Tamborero "o hip hop não é salvador da pátria", idéia que compactuo, contudo as discussões que o mesmo remete, no que diz respeito as questões dos espaços sociais faz a diferença, ao propiciar criticidade, movimentação, novas perspectivas, resistência por meio das letras de rap construída ou das idéias repassadas no grafite. Uma homenagem muito especial a estes meninos e a toda a meninada que faz da cultura Hip Hop sua inserção social de forma positiva. Salve os manos e as minas. Beijos no coração, Maria Ester do Nascimento.

2 comentários:

PENSAMENTOS VADIOS disse...

Ester,

estou de olho nas suas peripécias.

Abs.

Sérgio Vaz

Maria Ester disse...

Quanta honra, é uma distinção tê-lo na minha página. Recomendo a leitura dos seus livros e todo o material que produz. No ano passado trabalhamos muito os seus textos, principalmente as poesias do livro "Colecionador de Pedras", simplesmente maravilhoso. Sérgio Vaz faz um trabalho fantástico, tive o privilégio de conhecê-lo pessoalmente, pessoa maravilhosa. Abraços, Ester.