quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Marcas.......

Regência do Coral Jovem Louvores ao Rei, em NH, em 2003.
Na minha trajetória de vida, nos diferentes espaços sociais que tenho feito parte, na área profissional, social, enfim.... conduzo-me de uma forma que imprimo minha presença por reflexões. Estas levam-me a refletir sobre o contexto que estou vivenciando, bem como, tem a pretensão de suscitar naqueles que caminham comigo algumas reflexões. Sempre agi assim, quando era professora da EBD(Escola Bíblica Dominical), conselheira tutelar, regente de coral e coordenadora de programa de rádio e hoje atuando como professora de séries iniciais. Passado algum tempo comecei a dar-me conta que estas palavras que formam textos, mensagens, meditações, foram geradas ao longo da minha vida por muitas presenças significativas. Meu avó paterno Lourenço Mariano do Nascimento, que com muito carinho realçava as minhas proezas de infância, referindo-me sempre palavras de bençãos. Embora o pouco tempo de convívio que tivemos pois deixou-nos muito cedo, guardo na memória o seu olhar altivo e seu porte esguio. Meu pai Natálio do Nascimento e minha mãe Nadir do Nascimento, pelo carinho, pelas palavras de auto-estima, pelos ensinamentos na moldura do meu caráter e incentivo na persistência ante os obstáculos. Ao olhar para trás avisto muralhas que transportamos. Minhas irmãs Marta, Mári, Magda, Marilda e irmão Manassés pelo companheirismo de todas as horas, amo-os muito, minha cunhada Elaine, meu cunhado Claudiomir e meus sobrinhos Jhonatan, Josyas e Jéssica(nossa posteridade, dã0-nos orgulho pela atitude da turminha); meu carinho especial aos manos paternos, Héber, Queila e Ageu. Minhas amigas Síria e Valdete de Montenegro, companheiras de oração; meus amigos Daniel e Carlos, de Montenegro, parceiros de sonhos. Minha primeira professora da EBD, Eunice Kael, por sua dedicação a nós. Lembro-me que nas épocas natalinas, quando não estava tocando seu violino, às vezes cochilava nos cultos em decorrência dos preparativos: pacotinhos de bolachas, escritas dos textos para serem decorados. Meu pastor da infância Jerônimo Kael, que através das ações ensinou-nos a partilhar nas ceias de amor, nas roupas e alimentos que distribuia entre a comunidade. Aos pastores Váldemar Ramão, pela forma alegre com que transmitia-nos os sermões; Luiz Antonio(mesmo à distância), pelo amor pelas almas, por sua oratória, pelo legado que nos deixou "não parem, orem mais, jejuem mais"; Laurentino, por ter humanizado aos meus olhos a figura de pastor; Vítor Pires, pelo ensino; Almerindo Melo da Costa, pelo zelo e Salvador Portes por sempre distinguir-me, valorizando minha formação . Evangelista Cláudio Boherer e família, amigos na concepção da palavra. No período de escola guardo a grafia desenhada do professor Moacir da Escola Cel. Januário Corrêa, em Montenegro que a cada aula imprimia em nossos cadernos esta mensagem "Lutar é vencer! Parar é morrer"! Nosso Mestre Professor Pedro Pinto, que com radicais gregos e latinos dava o tom das aulas de português na Escola A. J. Renner em Montenegro. Nas aulas imperava um silêncio total, que era cortado pelo seu caminhar forte quando deslocava-se na sala. A nós referia-se: "senhorita" e "jovem". Professora Ledir(penso que é este o nome), professora de Inglês da Escola São João em Montenegro. Hoje quando dou questionários aos grupos que atuo estou repassando a minha primeira escrita que desnundou-me numa aula que não dominava e nem gostava(inglês). Mas ao entregar aquele material, que foram vários questinonamentos, fui chamada com carinho pela professora para refletir sobre o que eu havia escrito, escrita com o coração. Com certeza há muitas outras pessoas que poderia mencionar que deixaram-me marcas por seus olhares, suas falas. Curso de jornalismo na Unisinos, professor de teatro Bira, por sua postura ética ao abordar temáticas que remetiam a diversidade. No pós Richard Serraria e por contribuirem para desmitificar o medo que eu tinha em utilizar os recursos da internet e fazer o bom uso dos mesmos(a criação do blog "Sala de Aula: espaços de múltiplas vivências", tem sido uma experiência maravilhosa) . Também colegas e amigas, citar nomes pode ser complicado, mas vou aventurar-me mencionar alguns: Cleves Pinto, diretora da Emei Peter Pan e a coordenadora Anita Scheffel, pelo incentivo na construção do meu primeiro projeto "Projeto Música"; Anelise Bonato, minha companheira de caminhadas nos quilombos; Lenira Brisch, por seu olhar, seu incentivo, sua amizade; Marcelo Mateus, pela parceria e acolhimento no projeto que foi protagonista e fez a diferença na minha incursão no Ensino Fundamental; Alexandra Scherer, pela compreensão, pelos abraços que me animaram no período de estudo no pós(2 turmas, sendo uma de inclusão, aulas e trabalho de conclusão, não foi moleza); Daniela Medeiros, por instigar-me a estudar, dividindo comigo suas experiências, suas aprendizagens; Shanna Bortolotto, pelo carinho, partilha; Jozilda , pela confiança; diretora Salete pelo acolhimento na escola. Inúmeras pessoas poderia estar enumerando, mas o espaço seria extenso, o que cansaria os que desejarem ler. Rsrsrsrs, será que alguém vai se aventurar? Minha memória com este texto reportou-se ao tempo longínquo, inatingível e ao tempo presente, próximo. Talvez apenas eu terei a paciência de lê-lo, nem tinha a noção de escrevê-lo desta forma, foi um recordar, que me fez muito bem. É muito bom lembrar de situações e, principalmente de pessoas que nos marcaram de diferentes maneiras. Também tenho a pretensão de estar deixando algumas marcas ao longo da caminhada. Aos que tiveram a paciência de ler até o final, muito obrigada. Valeu. Beijos no coração, Maria Ester do Nascimento.

2 comentários:

Lenira Brisch disse...

Ester, linda a forma com que descreves a memória das contribuições significativas na tua vida. Exercício muito interessante. Tenho pensado muito nestes desafios virtuais a que emergistes magnificamente!!!
Parabéns e obrigada pelo carinho e amizade.

Maria Ester disse...

Lenira, não há por que agradecer, sabes o quanto contribuiste na minha caminhada. Serei sempre grata porisso. A recíproca é verdadeira. Beijos, Ester.